Garrett Holeve, um exemplo a ser seguido?
Estreou nos cinemas no último dia
05/03, o premiado filme “Colegas”, de Marcelo Galvão.O filme foi vencedor do Kikiito(oscar
brasileiro) de melhor filme no festival de Gramado, quando também venceu os prêmios de direção de arte e
especial do júri.“Colegas” contra a história de três amigos portadores da
síndrome de Down, que são moradores de uma instituição educacional, e decidem
fugir do lugar após assistir ao filme Thelma & Louise.
Os leitores aqui do blog (em sua grande
maioria) são inteligentes. E por possuírem tamanha intelecção, já devem ter
notado que minha função primordial não é ser crítico de cinema. O tema da
síndrome de Down está em evidência, e por este motivo resolvi abordar o assunto
aqui.
Mas como contextualizar este tema
no MMA? Simples.
Conheçam Garrett Holeve, de 23 anos
natural de Coper City/FL. Garrett foi personagem de um documentário do canal
ESPN, intitulado “Garrett’s Fight”(A luta de Garrett).O documentário mostra a
mudança que aconteceu na vida do jovem depois de ele ter sido apresentado ao
MMA pelo pai.
Link do documentário, em inglês:
É impossível amar o esporte e não
se emocionar com a trajetória de Garrett...Um exemplo de amor ao esporte, e da
força que este possui de transformar a vida das pessoas. Serei sempre fã desse guri...
Mas alto lá! Não estamos falando de
um portador da síndrome que vai atuar em um filme, ou jogar tênis de mesa. Isso é MMA, um esporte que é relativamente seguro,
mas que por outro lado pode deixar um sujeito severamente machucado.
O colunista Zach Arnold do site fightopinion.com, publicou o seguinte:
“Depois de assistir ao programa, fiz vários telefonemas para médicos,
inspetores de comissões atléticas, juízes, e indivíduos com conhecimentos
médicos que estão envolvidos na regulação de esportes de combate. A reação das
pessoas que eu contatei foi unânime e rápida - eles estavam absolutamente
aterrorizados. Ninguém apoiou a ideia de permitir que alguém com Síndrome de
Down, dentro de um ring de MMA, seja amador ou profissional.”
Sou da
mesma opinião.
Se Garrett pretende
encarar o esporte como um meio de se manter saudável, e inspirar pessoas (como
fez comigo). Neste caso, como supracitado, serei eternamente fã do moleque.
Mas lutar o MMA, como
deve ser lutado, ainda que em lutas amadoras. Amigo, sou completamente
contra. Qual seria a reação da audiência se ao final do documentário da ESPN
Garrett fosse brutalmente nocauteado, ou sofresse um estrangulamento em uma
chave qualquer?
Para os que vão discordar, fica um trecho do perfil do
garoto, feito pelo browardpalmbeach.com
:
“Para alguém com síndrome de Down, Garrett possui uma funcionalidade
extremamente alta. Ainda assim, a sua capacidade cognitiva é equivalente à de
uma criança de 12 anos de idade. Sua leitura e matemática estão em um nível de
terceira série. Ele não pode dizer se uma caixa deu-lhe o troco correto quando
ele compra uma fatia de pizza, a mãe diz. E é improvável que ele seja sequer
capaz de entender todo este artigo."